sábado, 10 de janeiro de 2009

A chave desaparecida...

Escrita pela prof. 3za para ler à Geração Best na aula de EA de 9/1.

Agora quero ver as vossas histórias aqui!
Sim?


Era uma vez um rei de um reino muito distante.
Um dia, ao amanhecer, descobriu, preocupado, que a pequena chave verde que guardara na gaveta da cómoda tinha desaparecido...
Aquela chave verde era preciosa.
Só ele sabia o quanto lhe custara tê-la finalmente na sua mão. E agora... Desaparecida. A chave estava desaparecida e nem sabia por onde começar a procurá-la. Nunca tivera outro lugar. Nunca ninguém lhe mexera. Tantos anos passados...
Sentou-se em silêncio no banco comprido do quarto e as memórias começaram a atropelar-se umas às outras na sua cabeça. Lembrava-se tão bem do dia em que lhe haviam falado da chave pela primeira vez. Do seu poder imenso. De como desejara possuí-la para entrar no coração daquela princesa que aparecia aqui e ali nos bailes do reino, quando era príncipe, antes de ser rei.
A sua avó percebera no olhar do neto o amor que se desenhava devagarinho e contara-lhe a história da chave verde. Uma chave guardada a sete-chaves num reino distante e com tantos perigos a separá-la dos mortais homens que nunca ninguém conseguira chegar até ela.
Só ele sabia o esforço, tudo o que passara até sentir a chave na sua mão e de como, depois disso, assim lhe parecia, ela lhe sorrira e um dia lhe dissera sim.
Sem a chave... será que a princesa, agora rainha, continuaria a amá-lo com aquele amor que o ajudava a viver em cada dia com uma felicidade que acumulava há anos em conta de vida longa e bem vivida?
Perdido nos seus pensamentos nem se apercebeu da chegada da rainha. Ela pousou a mão no seu ombro, que já não erguia espadas pesadas há muito, e nada disse. Ele olhou-a nos olhos em busca de alguma diferença visível, sinal do desaparecimento da chama juntamente com a chave verde que não sabia onde estava. Nada. Tudo parecia estar exactamente como sempre havia estado. Seria possível?
A rainha, parecendo escutar e entender cada um dos seus pensamentos, que é uma coisa muito natural em amores de muito muito tempo, inclinou-se e disse-lhe baixinho ao ouvido:
- Meu amor, nunca precisaste da chave verde para abrir o meu coração e morar nele. Habitaste-o quando te vi pela primeira vez. Conhecia o teu segredo e respeitei a coragem que te fez lutar por um lugar dentro dele, esperei todo o tempo necessário, mas chegou o dia... Atirei-a ao lago mais fundo do reino. Pela primeira vez dormirás sem dúvida e com a verdade desse amor aquecendo-te por dentro. Esquece a tua chave verde. Seremos felizes para sempre, podes acreditar.

O rei acreditou e a chave verde ainda lá continua no fundo do lago mais fundo do reino...

2 comentários:

Geração Best disse...

gosto muita desta história.
A minha história e mt diferente.
~Beijos da Anokax

Teresa Martinho Marques disse...

Obrigada! Quero ver as vossas aqui depois de corrigidas! Beijinhos